O uso de biofertilizantes tem crescido rapidamente no agronegócio brasileiro, impulsionado pela busca por maior eficiência, sustentabilidade e redução de custos. Aldo Vendramin, empresário e fundador, informa que compreender as diferenças entre os tipos de biofertilizantes é fundamental para que o produtor faça escolhas seguras, técnicas e adequadas às necessidades de cada cultura. Com o aumento da oferta no mercado e a diversidade de formulações disponíveis, conhecer a função de cada produto evita desperdícios e garante melhores resultados.
- O que são biofertilizantes e por que eles se tornaram essenciais?
- Os principais tipos de biofertilizantes e suas diferenças técnicas
- 1. Biofertilizantes microbiológicos
- 2. Biofertilizantes orgânicos
- 3. Bioestimulantes (ou bioativos)
- 4. Compostos líquidos fermentados
- 5. Micorrizas
- Como escolher o biofertilizante ideal para cada cultura?
- • Tipo de solo
- • Tipo de cultura
- • Objetivo do produtor
- • Integrar, não substituir
- Vantagens do uso de biofertilizantes
- Cuidados na aplicação
- Biofertilizantes e sustentabilidade: um caminho sem volta
Neste artigo venha conhecer alguns dos biofertilizantes e qual escolher para o seu negócio!
O que são biofertilizantes e por que eles se tornaram essenciais?
Biofertilizantes são produtos biológicos formulados a partir de microrganismos vivos, substâncias orgânicas ou metabólitos que estimulam o desenvolvimento das plantas, corrigem deficiências nutricionais e fortalecem a resistência contra estresses bióticos e abióticos. Como explica o senhor Aldo Vendramin, eles têm a vantagem de melhorar a saúde do solo, aumentar a eficiência de absorção de nutrientes e reduzir a dependência de insumos químicos.
Junto a isso, muitos biofertilizantes também estimulam a atividade biológica natural do solo, favorecendo processos como decomposição da matéria orgânica, fixação biológica de nitrogênio e solubilização de fósforo.

Os principais tipos de biofertilizantes e suas diferenças técnicas
Existem diversos tipos de biofertilizantes, cada um com composição, função e modo de aplicação específicos. Conforme frisa Aldo Vendramin, entender essa classificação é o primeiro passo para uma escolha assertiva.
1. Biofertilizantes microbiológicos
São formulados com microrganismos vivos, como bactérias e fungos benéficos. Suas funções principais são:
- fixação biológica de nitrogênio;
- solubilização de fósforo;
- aumento da disponibilidade de potássio;
- indução de resistência em plantas.
Exemplos: Azospirillum, Rhizobium, Bacillus, Trichoderma.
2. Biofertilizantes orgânicos
Produzidos a partir da fermentação de resíduos vegetais, esterco, restos de culturas e compostos orgânicos. Que tem como benefícios:
- enriquecimento do solo com macro e micronutrientes;
- melhoria da estrutura física do solo;
- estímulo à vida microbiana natural.
São excelentes para sistemas de produção que buscam equilíbrio e baixo impacto ambiental.
3. Bioestimulantes (ou bioativos)
Apesar de muitas vezes agrupados com biofertilizantes, são produtos diferentes. Contém extratos vegetais, aminoácidos e hormônios naturais, que:
- estimulam raízes;
- melhoram o crescimento vegetativo;
- aumentam a tolerância das plantas ao estresse.
Eles não são fertilizantes no sentido tradicional, mas potencializadores fisiológicos.
4. Compostos líquidos fermentados
São biofertilizantes resultantes de processos anaeróbios ou aeróbios, com alto índice de nutrientes dissolvidos. Eles são indicados para:
- aplicações foliares;
- fertirrigação;
- correção rápida de deficiências.
5. Micorrizas
Fungos benéficos que se associam às raízes das plantas, aumentando a absorção de água e nutrientes. São especialmente recomendados para:
- solos pobres;
- culturas perenes;
- áreas degradadas.
São produtos mais específicos, porém extremamente eficientes.
Como escolher o biofertilizante ideal para cada cultura?
Segundo Aldo Vendramin, a escolha correta depende de alguns fatores, como por exemplo:
• Tipo de solo
Solos arenosos se beneficiam de biofertilizantes orgânicos e compostos, que aumentam a retenção de água. Solos argilosos respondem bem a bioestimulantes e microbiológicos que quebram a compactação e equilibram atividade microbiana.
• Tipo de cultura
Culturas de alta exigência nutricional, como milho e soja, demandam biofertilizantes microbiológicos e bioestimulantes combinados. Hortaliças e frutíferas respondem melhor a compostos líquidos e extratos vegetais.
• Objetivo do produtor
Os objetivos podem incluir:
- melhorar o enraizamento;
- corrigir deficiências;
- aumentar a tolerância ao estresse hídrico;
- reduzir insumos químicos;
- recuperar áreas degradadas.
Cada tipo de biofertilizante atende a funções específicas.
• Integrar, não substituir
Em muitos casos, o ideal é combinar biofertilizantes com adubação mineral, e não substituir totalmente, visto que isso garante equilíbrio nutricional.
Vantagens do uso de biofertilizantes
As principais vantagens incluem:
- redução de custos em adubação;
- melhoria da saúde do solo;
- aumento da eficiência dos fertilizantes químicos;
- maior produtividade;
- menor impacto ambiental;
- ampliação da sustentabilidade no sistema produtivo.
Além disso, como elucida o senhor Aldo Vendramin, biofertilizantes ajudam a proteger plantas contra fungos e bactérias patogênicas, fortalecendo a resistência natural.
Cuidados na aplicação
Para garantir resultados reais, alguns cuidados devem ser seguidos, entre eles:
- armazenar corretamente, evitando calor excessivo;
- aplicar no horário recomendado, geralmente início da manhã ou final da tarde;
- evitar misturas incompatíveis;
- garantir que os microrganismos não sejam expostos a defensivos logo após a aplicação;
- seguir recomendações técnicas do fabricante.
Aplicações incorretas podem reduzir a eficiência ou até inviabilizar o produto.
Biofertilizantes e sustentabilidade: um caminho sem volta
Como reforça Aldo Vendramin, a transição para sistemas mais sustentáveis é uma tendência irreversível no agronegócio. Consumidores, mercados internacionais e certificações ambientais valorizam práticas que reduzam a dependência de insumos químicos e fortaleçam o solo de forma natural.
Os biofertilizantes não são apenas uma alternativa técnica: são uma ferramenta estratégica para quem busca competitividade, qualidade e conformidade ambiental. Os diferentes tipos de biofertilizantes oferecem soluções diversas para as necessidades da agricultura moderna. Conhecer suas diferenças, funções e cuidados permite ao produtor tomar decisões mais seguras e rentáveis.
Autor: Haofeng Li
